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Começo do papo
Escrever é prática complicada e envolvente. Para dizer nas palavras de um poeta, é como caminhar sobre a pele de uma praia. O modelo é este: você escreve, a água apaga as impressões deixadas e é preciso recomeçar, dizer de novo, dizer melhor. O título desta revista que agora se abre para leitores externos traduz o gesto do escritor. Rasura, reescreve, tem sempre o cuidado de achar que não existe texto pronto, apenas aquele que deve ser retrabalhado. Se tivesse mais tempo, reescreveria. A publicação, se ocorre, é resultado de cansaço e desistência. Mas também necessidade de encontrar quem leia e, quem sabe uma conversa se inicie, como resultado. Refazer passos, rever ideias, escrever outra vez, de modo diferente. É esta a aposta que está feita nesta revista.
Há tempos a decisão de fazer uma revista vem sendo maturada e agora, no fim do primeiro semestre de 2022, deixa o estágio de projeto. Em parte, a empolgação pela volta dos alunos e professores ao modelo presencial, depois da pandemia, é estimulante forte. Comunicação necessita de contatos humanos e proximidade. Os alunos da turma 2 de Oficina de Texto, que se reúne às sextas-feiras orientados pelo professor Paulo Paniago, na Universidade de Brasília, decidiram aceitar a sugestão de produzir a revista.
Para o número experimental de saída, apenas duas modalidades, ficção e não-ficção, traduzidas em contos e ensaios. Mas é possível pensar para as próximas edições em trazer novos tons, semificção e alguns experimentos. É hora de rasurar e fazer nova tentativa. Quem sabe desses textos que saem da oficina não está algum talento em embrião que vai superar a frase escrita em pele de praia.

Comentarios



Sempre tive conexões com a escrita, desde muito nova. Aprender e evoluir mais sobre aquilo de que gosto é sempre gratificante. Oficina de texto foi uma matéria desafiante, mas no fim, só tenho agradecimentos. Ao escrever meu conto, estive imersa em todo aprendizado que adquiri, o que tornou o processo de escrita fácil e natural.
Ágatha Barbosa, 18
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A escrita é ótimo refúgio, alguém como eu que não é muito bom em expressar o que sente se delicia com páginas em branco só esperando para serem preenchidas por ideias e pensamentos. Com essa matéria consegui melhorar ainda mais a forma como transcrevo o que minha mente me diz e não poderia ser mais grata.
Vitória Macêdo, 18
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Escrever funciona para mim como processo de conexão com o mundo. Tentei mostrar tal afeto a partir da personagem principal do conto. Oficina de texto foi uma oportunidade de explorar adaptação textual e experimentalismo, finalizo disciplina grata pelo aperfeiçoamento da escrita que ela proporcionou.
Iane Lima, 18
Audiovisual
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